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sexta-feira, 22 de abril de 2011

ASHES TO ASHES




Minha nova paixão, no campo do seriados, são as séries britanicas. Tudo o que já assisti vindo da Inglaterra vale a pena e, em muitos casos, dão um show nos as vezes exagerados seriados americanos. Ok, eu desde de sempre assisto esses programas oriundos dos EUA, mas a grande maioria não amadurece seus personagens e não evolui em questão de roteiro (com excessão dos produzidos na TV a cabo). A grande maioria são apenas passatempo de 45 minutos semanais e só. Com os seriados ingleses que tive o prazer de ver até agora, tudo ficou muito marcado. Personagens, histórias, tramas, tudo. Veja bem, não estou criticando as produções americanas, se não estaria cuspando no prato em que comi, apenas de uma grande maioria que assisti poucos realmente me envolveram.

Após o final surpreendente de Life on Mars a BBC topou a idéias dos criadores das aventuras de Sam Tyler e decidiram dar de presente para os fãs um spin off (serie derivada). Assim surgia Ashes to Ashes (o titulo mais uma vez é uma referencia a uma musica de David Bowie http://www.youtube.com/watch?v=CMThz7eQ6K0). A história é estrelada por Keeley Hawes que faz Alex Drake uma detetive de policia linha dura que, ao perseguir um bandido, leva um tiro, e assim como Sam, acorda num outro tempo. Enquanto Tyler vai parar em 1973, Alex desperta em 1981. Ela vai para na mesma delegacia onde Chirs (Marshall Lancaster), Ray (Dean Andrews) e Gene Hunt (Philip Glenister) - personagens da série anterior - estão e reconhecem a gata como alguem tão lunatico quanto Sam Tyler. Alex pensa que para voltar para sua vida normal junto á filha, terá que impedir o assassinato dos próprios pais. Este é o mote da primeira temporada composta por 8 episódios.

Passando o primeiro ano, Alex fica mais conformada e tenta viver um dia após o outro. Os personagens secundários são bem mais desenvolvidos e aproveitados no segundo ano. E, diferente de Life on Mars, a história já nao é tão centrada no personagem principal deixando os outros aparecerem também como a gracinha Shaz (Monserrat Lombard). Também parece surgir um clima de romance entre Alex e Gene uma grande admiração mútua que acaba em desconfiança com os eventos mostrados no final desse ano. Na terceira temporada, encerrada em outubro de 2010 (também o fim da série), a protagonista já avisa na abertura: "Meu nome é Alex Drake, e sinceramente eu sei tanto quanto voce" . A frase dita por ela é para mostrar que na Inglaterra todos queriam saber o grande mistério que envolve as séries Life on Mars e Ashes to Ashes, ou seja, por que diabos os protagonistas vão parar em outro tempo? Em seu ultimo ano, um novo personagem entre para esclarer esse mistério: o inspetor chefe Jim Keats (Daniel Mays) é um dos poucos que peitam Gene Hunt e saem ilesos, ele definitivamente é a chave para a grande revelação que ocorre no ultimo episódio. Falando em Hunt, ele é elo de ligação de toda a história. Desde o começo desse derradeiro ano, todos os personagens são surpreendidos por uma mesma visão de um céu estrelado. Uma clara pista que diz que todos estão ligados em Sam e Alex. Não vou estragar a surpresa de quem ainda não viu e pretende ver essas emocionantes séries. Basta voce saber que a pista é deixada em todos os episódios de ambas produções.

Ashes to Ashes consegue manter a originalidade de seu roteiro e saindo um pouco da sombra da série que a gerou. A reconstituição de época é perfeita e muitos momentos temos a impressão de estar vendo um produção dos anos 80 (no primeiro capitulo da terceira temporada da para ver bem a diferença ja que se passa nas duas faixas de tempo, a atual e a passada). E, mais uma vez, o que chama a atenção é a trilha sonora com nomes como Duran Duran, Queen, New Order, Echo and the Bunnymen, David Bowie e muitos outros. Três CDs foram lançados, obviamente cada um correspondentes as canções que rolaram nas tres temporadas do show. No quesito interpretação, Keeley Hewes se entrega no papel de Alex, uma pessoa que não faz idéia de que lhe ocorreu. Mas o grande destaque é mesmo Philip Glenister com seu Gene Hunt que cresce e aparece durante as duas séries. Um personagem que começa roubando a cena do mocinho e acaba como um grande ser egoísta como demonstrou o tempo todo, aliás, sempre tive esperanças que isso fosse mudar. Um seriado excelente, de culto e que ficará marcado como uma das poucas produções que teve um grande mistério e que não decepcionou ao revela-lo.


Musicas e roupas: reconstituição dos
anos 80 é perfeita.

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