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domingo, 14 de julho de 2013

MÁS COMPANHIAS: HOMEM DE AÇO

O HOMEM DE AÇO (MAN OF STEEL)           

EUA, 2013, DIREÇÃO ZACH SNYDER
COM HENRY CAVILL, AMY ADAMS, 
RUSSEL CROWE, MICHAEL SHANNON,
DIANE LANE, OUTROS.



Ele esta presente no imaginário popular a 75 anos. De tempos em tempos, é apresentado a novas gerações. Seja nos quadrinhos, na televisão, ou mesmo no cinema. Atualmente, os heróis da Marvel Comics se tornaram os preferidos e mais conhecidos também. Afinal, Homem-Aranha, Homem de Ferro, X-Men e Os Vingadores se tornaram sucessos estrondosos de bilheteria. Faltava a Distinta Concorrência, acordar o monstro adormecido. Mas a DC não poderia - nem deviria - contar somente com a bem sucedida trilogia do Batman que trouxe o realismo a para o gênero dos super heróis no cinema. Ainda faltava o grande personagem da editora, Superman, ter um filme a altura de sua fama.

Apesar de muitos críticos malharem, assim como o fracasso de arrecadação nas bilheterias, Superman - O Retorno não era tão ruim assim como se pensa. Se fosse melhor trabalhado, sem aquela ligação com o clássico de 1979 com Christopher Reeve, talvez O Retorno reiniciasse uma nova franquia do Superman nos cinemas. Mas a DC e a Warner (detentora dos direitos do personagem) quiseram reiniciar a franquia fazendo uma produção sem nenhuma ligação com as produções anteriores. Eles acertaram em cheio.

Um Clark Kent bem diferente do estamos acostumados


Em O Homem de Aço (grande ousadia por parte da Warner não usar o conhecido nome do personagem no titulo do filme) vemos uma Kripton bem diferente do que vimos até hoje. O planeta é um misto de terra selvagem com um lugar futurista onde o cientista Jor-El (Russel Crowe, excelente no papel) e sua esposa Lara (Ayelet Zurer) tentam avisar seus governantes que o lugar está prestes a explodir, graças a interferência do próprio povo. Eles ignoram os cientistas e são perseguidos pelo General Zod (Michael Shannon) um ser disposto a manter Kripton como era. Os visionários Jor-El e Lara burlam o sistema do planeta e tem um filho gerado naturalmente, coisa que é proibida. Os dois, sabendo sobre a eminente destruição do planeta constroem uma nave para enviar seu filho Kal-El para um local seguro onde a criança possa crescer em paz. O menino vem parar na Terra onde é encontrado e criado pelo gentil casal Jonathan (Kevin Costner) e Martha (Diane Lane).

Uma coisa não muda em qualquer versão: a química entre Clark e Lois

A história do jovem Clark Kent e como ele vai descobrindo seus poderes é contada em flash-back enquanto Clark (Henry Cavill, muito bom no papel) anda sem rumo pela America e apresentando nomes falsos ajudando as pessoas que precisam. Até que um dia, General Zod vem a Terra ameaçando destruir tudo se o cidadão de Kripton não se entregar.

Filmes de super heróis de origem costumam ser didáticos ao apresentar a gênese dos persoangens. O Homem de Aço segue em caminho oposto e apresenta uma narrativa não linear (passado e presente se misturam) até o clímax da historia que dura da metade até o final do filme. Apesar de muitos acharem exagerado, essa decisão do diretor Zach Snyder (diretor de outras obras inspiradas nos quadrinhos Watchmen e 300) se mostrou bem acertada. Nessa intensa batalha final, as cidades de Smallville e Metropolis são destruídas em efeitos especiais simplesmente impressionantes. O emocionante embate entre Superman e General Zod é tão espetacular e termina de modo surpreendente.

Zod e Faora: dois rivais bons de briga


Visualmente o filme é arrebatador seja no inicio em Kripton, seja nas cenas mais intimistas onde o cineasta é comparado a diretores como Terrence Malick, seja naquelas onde o uso de computador se faz necessário. O elenco foi muito bem escolhido, e é difícil ver veteranos brilhando em grandes produções assim como fizeram Russel Crowe, Diane Lane e Kevin Costner (este ultimo mesmo em uma participação pequena). A sempre competente Amy Adams tem participação ativa como a destemida repórter Lois Lane, parte fundamental da historia. Até o momento, não vi criticas quanto a mudança de etnia de Perry White que nos quadrinhos é branco e neste filme é interpretado por Laurence Fishbourne. O Zod de Michael Shannon é um rival a altura do herói. Agora, Henry Cavill como Clark Kent/Superman arrasa. Sem o bom mocismo de sempre (ele chega a dizer para o governo dos EUA que ele vai trabalhar com eles nos termos dele), o ator que até agora era mais conhecido pela serie de TV The Tudors e pelo filme Imortais, ficou muito bem no papel. Para as mulheres, um físico perfeito e uma barriga tanquinho que coube bem no uniforme. Para os homens, a personificação do herói ideal. Calado, solitário, mas que quando mexe com ele...

Em se tratando de uma nova franquia, o filme não da pistas de uma possível continuação (que já foi anunciada) talvez seja centrada em Lex Luthor pelo fato de cada canto de Metrópolis ter uma placa com o logo tipo da Lexcorp estampada. Se depender de quem assistiu, que venha mais filmes de qualidade como esse (mas que tenha um pouco mais de história e desenvolvimento dos personagens) e que o nome Superman volte a ser sinônimo de super herói.

nota 9,5



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