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terça-feira, 25 de outubro de 2011

ESTREIAS NA TV ABERTA

Pegando muitos fãs de séries policiais de surpresa, a Rede CNT está exibindo desde o dia 17 de Outubro a premiada Lei e Ordem - Unidade de Vitimas Especiais. Primeiro seriado derivado de Lei e Ordem (um dos mais duradouros com 20 temporadas no ar) UVE - vamos chama-la assim pois o nome é longo - já esteve presente em outras vezes no aqui no Badfish. Mas não custa nada lembrar, o programa é sobre as investigações dos detetives Benson (Mariska Hartway) e Stabler (Chistopher Meloni, que após 12 anos no programa, não renovou seu contrato para a décima terceira temporada que iniciou em Outubro) em uma unidade da policia encarregada de crimes sexuais. Num primeiro momento, se você assistir, poderá se assustar um pouco com o palavreado usado nos diálogos mas tudo, claro, de modo técnico.  Termos como penetração vaginal e anal, estupro e molestação são comuns. Muitas situações são mostradas para orientar os telespectadores, principalmente envolvendo pedofilia e agressão a mulher. 


Basicamente os capítulos começam por um crime (poucas vezes mostrados), a investigação e a solução dele num tribunal. O que torna essa série tão interessante é o fato de os produtores não deixarem cair no lugar comum apresentado sempre tramas surpreendentes. Nesta primeira temporada transmitida pela emissora paranaense, destaco dois episódios, o décimo sobre uma mulher estuprada e e todo o procedimento tecnico que a vitima passa e o ultimo, de numero vinte e dois, em que os detetives são questionados por uma psicóloga sobre seus metodos. A CNT ainda não informou a quantidade de episódios que adquiriu, mas ja é uma novidade numa programação que precisa urgente de um "up".




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Essa não é a unica estreia no campo dos seriados na TV aberta. A Globo, que possui uma faixa nas madrugadas para esse tipo de produção, começou a exibir Destino Final: Palm Glade. Com o titulo original The Glades, o drama é sobre um policial dono de um humor peculiar e métodos nada ortodoxos que muda-se para a pequena cidade do titulo nacional. Seu jeito baterá de frente com o pensamento conservador dos moradores. 



Na Record, aos sabados a noite, é exibido a comedia Aprontando na India (Outsourced, no original). Com apenas uma temporada de 21 episodios produzidos, conta historia de dois amigos que são promovidos na empresa, mas a tal promoção os manda para India onde terão que conviver com costumes bem diferentes que estão acostumados.



E o SBT programou para dezembro a estreia de Diarios de Vampiros (The Vampire Diares) sobre uma garota divida entre o amor de dois irmãos vampiros. Esse seriado tem roteiros bem elogiados.



AQUELES ANOS INCRIVEIS...


Saudosismo é a palavra chave ao se falar sobre Anos Incriveis. Exibida no periodo de 1988 a 1993 totalizando 115 episódios dividido por 6 temporadas, o seriado conseguiu algo raro, conquistar adultos e adolescentes. Kevin Arnold adulto (voz de Daniel Stern) narra sua infancia no tumultuado ano de 1968 onde a guerra do Vietnam, as drogas, a liberdade sexual e o rock and roll estavam mais fervilhantes do que nunca. Fred Savage foi o garoto escolhido para fazer Kevin criança. Todo o agito desta epoca foi vista pelo ponto de vista do jovem. No primeiro episódio (também considerado pelos fãs o melhor) ele encara a morte pela primeira vez ao consolar a garota que ele gosta, a doce Winnie Cooper (Danica Mckellar) que acaba de perder o irmão na guerra. Também ficamos conhecendo os membros de sua familia, a mãe que todos queriam ter Norma (Alley Mills), seu durão pai Jack (Dan Lauria), o irmão que vive pegando no seu pé Wayne (Jason Harvey) e a rebelde irmã Karen (Olivia D'abo). Além de Winnie, Kevin tambem tem uma amizade muito forte com o timido Paul (Josh Saviano). Pessoas muito importante que fazem parte da vida deste esperto garoto.

Fomos testemunhas do final de sua infancia e inicio de sua adolescencia e todos os problemas tipicos dessa fase da nossa vida.  O periodo retratado é de quando Kevin tem 12 em 1968 até 1972, periodo de grandes mudanças no comportamento das pessoas. O que de mais legal (e as vezes frustrante) no seriado era que ele não era assim tão obvio. Por exemplo, os encontros e desencontros na história de amor com Winnie. Eles ficaram juntos um tempo, mas devido a "esticada" que a atriz Danica Mckellar deu (acabou ficando bem maior que Savage), os produtores acharam melhor separar os dois. Inventaram dois interesses amorosos para ele Becky Slater e Madelaine, mas nenhuma das duas com o carisma de Winnie. Tanto carisma, não impediu que ela fosse a personagem menos explorada nos roteiros. Assim como Karen, a irmã yippie. Foi tocante aquele episódio onde Jack percebe que sua menininha cresceu e ele não deixa ela sair, mas ela sai. Mesmo assim, ele deixa uma luz do lado de fora acesa. Alias, tirando aquela fase onde Kevin vai para o ensino médio e conhece novos amigos, todos os episódios foram excelentes. Outro detalhe que chama a atenção de quem assiste é a trilha sonora, recheada de bandas e cantores que eram a voz do rock no final dos anos 1960 e inicio dos anos 1970. Nomes como Beatles, Roling Stones, The Doors, Joe Cocker, e muitos outros. Infelizmente, é a ótima trilha sonora que está empacando o lançamento oficial do seriado em DVD. Só para pagar os direitos, a distribuidora praticamente teria que refinanciar o seriado.


Anos Incriveis foi um dos primeiros seriados chamados híbridos onde drama e comédia andavam de mãos dadas, hoje o termo dramédia é usada nesse tipo de produção. Criado por Neal Marlens e Carol Black, mas com a participação muito importante de Bob Brush (que também desenvolveu Early Edition), em seu país de origem, Anos Incriveis eram exibido ás 8:30 o que colocava muitos freios nos roteiristas principalmente quando Kevin ficou com os hormônios a flor da pele aos 16 anos e numa cena ele tocou de leve o seio de uma garota. Foi o suficiente para os produtores e a emissora entrarem em crise. Somando o fato que o empresário de Savage pediu um aumento significativo no salario do protagonista, decretou o fim do programa. Identificação é outra palavra que define bem a série, pois os dilemas enfrentados por Kevin, todos os adolescentes passam. Talvez isso que torne esses Anos Incriveis tão especiais assim.



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Sempre quando se fala em Anos Incriveis é praticamente um clichê se falar do destino que os atores da série tomaram. Bem, quase todos continuaram na vida artistica. Fred Savage (Kevin) hoje fica mais nos bastidores e é diretor de varias series de comédia como Hanna Montana e O Manual de Sobrevivência Escolar de Ned. Danica (Winnie) e Olivia (Karen) também fazem participações em séries de TV. Assim como Dan (Jack) que recentemente participou de Lei e Ordem: Unidade de Vitimas Especiais. Alley (Norma)  é vilã de uma novela chamda The Bold and the Beatiful. E a grande lenda urbana onde diz que Josh Saviano (Paul) é o cantor Marylin Manson, devido a aparecencia do rosto dos dois ser quase idêntica.  Uma ultima curiosidade, Savage e Jason Harvey voltaram a interpretar irmãos, mas foi na dublagem da série Liga da Justiça - Sem limites onde fizeram as vozes de Rapina e Columba num episódio estrelado por esses obscuros heróis da DC. 


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

MEUS FILMES, MINHA VIDA: SEGUNDAS INTENÇÕES

SEGUNDAS INTENÇÕES (1999).



Confesso que só fui ao cinema ver Segundas Intenções devido a presença de Sarah Michelle Gellar (estrela de Buffy - A Caça Vampiros, minha série favorita de todos os tempos). O filme é um terrível jogo de sedução sem regras onde só vale uma coisa: não se apaixonar (isso está escrito no poster).  Essa é a história de Sabastian (Ryan Philip) um jovem que só se interessa em fazer sexo com garotas virgens e ingenuas e sair por ai falando para os outros. Seu pai é casado com a mãe de Kathryn (Gellar) que faz pose de santa, mas na verdade é uma vadia que gosta de armar com Sebastian e tem uma quedinha por ele. Sebastian tem um desejo enorme de transar com Kathryn e ela faz uma aposta com ele, se ele conseguir seduzir e levar para cama a filha do novo diretor do colégio onde estudam ela deixa ele fazer tudo o que quiser, senão ela fica com a Ferrari dele.  Mal imagina Sebastian que ele acaba se apaixonando por Annete (Reese Whisterpoon).


O filme é cheio de palavreado sujo e insinuações sexuais. É baseado livremente no romance Ligações Perigosas do francês Pierre Chordelos de Laclos que também serviu de inspiração para o filme homônimo de 1993 com Glen Close, Uma Thurman e Michelle Pfeifrer. Mas diferente desta produção, Segundas Intenções moderniza o romance ao fazer os acontecimentos se passarem na época atual e em Nova York. Essa atualização e mais as diferenças entre o original fizeram a critica cair de pau em cima do filme dando notas baixas em sua resenha. Mas nada disso foi o suficiente para a carreira de sucesso que a película fez no cinema ao praticamente quadruplicar em bilheteria o custo de sua produção. Tanto sucesso fez a produtora crescer o olho em cima e mandar produzir Segundas Intenções 2 (que se passa antes do filme) e 3 (que na verdade foi o piloto de uma série de TV não aprovada). Ambas produções inferiores ao original. 


Tive a oportunidade de ver os filmes de 1993 e 1999 e posso dizer que ambos foram felizes ao adaptar o romance e não sei por que houve tantas criticas em cima de Segundas. Claro que ainda Sarah Michelle tem muito que aprender para chegar ao nível de interpretação de Glen Close (as atrizes fazem as mesmas personagens) e uma produção de época é mais bem  feita que uma se passando nos dias atuais, mas as duas produções tem o seu charme. Outra coisa que deixa Segundas com um charme a mais é a trilha sonora com nomes como The Verve (com a cover do Stones "Bitter Sweet  Symphony" que embala a cena final), Fat Boy Slin (com "Praise You"), Placebo ("Every You, Every Me", musica de abertura do filme) e Blur (com Coffee and TV, musica com o clipe mais legal da história,confira  http://www.youtube.com/watch?v=6oqXVx3sBOk&ob=av2e  .  Gosto muito das intrigas e armações feita por Sebastian e Kathyn no decorrer do filme e como o anti-heroi Sebastian aos pouco se convence que não vale a pena humilhar aos outros. O amor fala mais alto.  Destaco a atuação de Sarah que se despe de todos os maneirismos de Buffy e nos entrega uma vilã que esta por trás de todas coisas no filme, mas no fim, a carapuça de santa cai na frente de todo o colégio e a participação de Selma Blair como a bobinha Cecile uma das maiores vitimas de Sebastian.


Faço algumas observações interessantes como o fato de Ryan Philipp começar a namorar Reese Whisterpoon  nos bastidores desse filme, eles chegaram a casar. Também essa é a segunda vez que Philipp e Gellar contracenam, a primeira foi no filme de terror Eu Sei o que voces Fizeram no Verão Passado onde Sarah conheceu seu marido Freddie Prinze Jr. Os dois são casados até hoje, Reese e Ryan ja se separaram. No elenco de apoio aparecem Christine Baranski (vista hoje em The Good Wife),  Joshua Jackson (de Dawson's Creek e hoje está em Fringe) e Eric Mabius (de Ungly Betty).  Ademais, é um ótimo passatempo, não irá mudar a sua vida, mas te deixará vidrado na tela para saber até onde as intrigas dos dois safados podem ir. Tudo acaba com dor e sangue e os vilões tem o seu castigo. Pena que na vida real não é assim.




MELHOR MOMENTO - a cena final onde todos descobrem a boa bisca que é Kathryn é muito legal. Não tem nenhum dialogo, apenas o som da musica Bitter Sweet Symphony e o choro da garota ao ser desmascarada.



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

BAU DAS SÉRIES OBSCURAS: COMANDO ESPACIAL


No ano de 1995 o canal Fox americano apresentou um dos mais caros seriados produzidos na epoca: Comando Espacial (no original, Space: Above and Beyond). Tanto investimento não adiantou para conquistar o grande publico. Criado por Glen Morgan e James Wong - dois roteiristas que escreveram alguns do melhores episódios de Arquivo X - que apresentaram um arrojado e ousado projeto de ficção cientifica. Toda atmosfera do seriado era escura, sombria até, as naves, o espaço era sujo e nada agradável, afinal, a trama se passava em uma época no futuro onde os humanos lutavam com todas as forças contra os Chigs. Será que foi esse futuro nada utópico e bem distante de Jornadas nas Estrelas que fez o show fracassar?


O roteiro era centrado no tenente Nathan West (Morgan Weisser) um rapaz apaixonado pela namorada que decide se alistar na linha de frente de combate contra os aliens maus. É comandado por Shanem Vansem (Kristen Cloke) uma soldado linha dura. Seus companheiros de equipe são o revoltado tenente meio humano/meio Chig (Cooper Hawkes), e os tenentes Paul Wang (Joel da la Fuente) e Vanessa Daphousse  (Lanei Chapman), esses menos explorados pelos roteiristas, apesar de terem ótimos momentos. Todos lutam na unidade dirigida por Coronel MCqueen (James Morrison). Juntos, encaram a paranoia de serem mortos por uma raça hostil, a convivência nada pacifica entre pessoas tão diferentes e a solidão de estar no espaço infinito.  


A série estreou aqui no Brasil em 1996 na Record que, obviamente pelos nomes envolvidos na produção, exibiu na mesma época que Arquivo X e Millennium. Época de ouro é bom lembrar, já que também eram mostrados na programação da emissora Jornada nas Estrelas - A Nova Geração, Edição de Amanhã, O Quinteto e Parker Lewis até que um certo apresentador que tem o apelido de um animal apareceu com seu programa sensacionalista, fez sucesso e ferrou com tudo. No EUA, a Fox cancelou o show com 23 capítulos produzidos para a primeira e unica temporada. Existem informações não oficiais que cada capitulo custou 5 Milhões de dólares que, até hoje, é considerado um valor altíssimo. Juntando ao numero de audiência aquém da sensação do momento no período - Arquivo X - não é a toa que durou pouco. Mas em termos gerais, a serie saiu bem sucedida na questão da escolha do elenco e roteiros. Não teve um episodio ruim e toda a grana gasta era vista na tela com a construção de sets gigantescos e efeitos espaciais que até hoje impressionam. Pena que durou pouco.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

TESTE DRIVE: RINGER


Os meses de Setembro e Outubro são especiais para os fãs de séries, principalmente as americanas. É nesse período que as emissoras estreiam a fall season que pode ser comparada aos meses de Março ou Abril aqui no Brasil, quando as emissoras estreiam novos programas ou então as atrações voltam de férias. E expectativa entre os admiradores e a impressa é grande, já que todos os interessados querem saber as novidades em seu programa favorito ou então aquela nova atraçao que pode vir a ser sua nova mania.  Uma das primeiras séries a estrear nesta temporada 2011/2012foi Ringer. Também conhecida como a volta de Sarah Michelle Gellar a TV!

Para falar dessa série é necessário uma pequena volta ao tempo mais precisamente no ano 2003 quando Sarah, o roteirista Joss Wheadon e o canal Fox anunciaram que Buffy - A Caça Vampiros seria encerrado na sétima temporada naquele ano. O anuncio pegou todos os fãs de surpresa já que o programa estava no auge. A desculpa é o "famoso vamos encerrar enquanto estamos no topo". Então, a bela Sarah apostou todas as suas fichas no cinema, mas seu agente não trabalhou muito bem, pois os filmes estrelados pela loura ou não foram muito bem de bilheteria (como o simpatico Sedução em Manhantan, ao lado de Alec Baldiwn) ou foram malhados pela critica (Scooby Doo 2). A solução foi voltar para a telinha, onde Sarah se criou. Um up em sua carreira seria dado se o piloto que ela gravou para a HBO, The Wonderful Maladays, vingasse. Mas nesse período que o seriado foi rejeitado pelo canal que a bela recebeu uma ótima noticia: estava gravida! Filha nascida, era hora de voltar ao batente e Sarah aceitou a proposta de estrelar Ringer.

               o amante, o perseguidor, a vitima, a bandida e o corno.

Inicialmente oferecida para o canal CBS (o de maior audiência dos EUA), o novo projeto de Gellar conta a história de Briget uma garota que testemunhou um crime e é a unica que pode colocar um mafioso na cadeia. Desesperada com as ameaças, a moça foge ao encontro de sua irmã gêmea Sioban (este é provavelmente o nome mais esquisito que já escolheram para um personagem!). As duas se reencontram após anos longe uma da outra e resolvem velejar. Briget adormece e acorda pensando que a irmã morreu, já que ela sumiu! E decide ficar no lugar dela. Claro que ela passara certas dificuldades já que, apesar de identicas, as semelhanças acabam por ai. Aos poucos, ela descobre a boa bisca que a irmã é: trai o marido Andrew (Ion Gronfund, de Quarteto Fantastico) com o marido de sua melhor amiga, é falsa, interesseira e trambiqueira. Mal imagina ela que Sioban esta linda e loura vivendo em Paris recebendo ordens por telefone e se divertindo com que a irma esta passando. Briget, agora uma foragida da justiça, ainda tem em seu encalço um agente do FBI.  Ah, Sioban está gravida e Briget tem que fingir a gravidez também.

Vendida ao publico como um drama noir, Ringer está, enquanto escrevo estas palavras, em sua sexta semana de exibição e já da pra fazer um balanço geral do seriado. Semana passada foi divulgada a noticia que o show foi aprovado para uma temporada cheia de 22 episódios, então, Sarah (que também é produtora executiva) pode respirar aliviada. Com uma audiência media de 2 milhões de expectadores, a série é exibida no canal CW (a CBS recusou o projeto por não achar a cara da rede) que é o lanterninha dos canais abertos americanos. Mas o seriado, basicamente se sustenta no carisma de Gellar. Não que seja ruim, mas se fosse outra atriz, o tema provavelmente não iria me interessar. O drama tem sofrido muitas criticas e foi taxado de soap opera (nome dado as novelas naquele país) de luxo. Ja que tem um enredo bem melodramático (gêmeas trocando de lugares? onde voce já viu isso?). Mas acho que o grande defeito deste programa é a que ele, ainda, não tem uma identidade própria. É drama? Suspense?  Ação? Nada é muito definido. Piora ainda quando lembro o trailler que o CW produziu vendendo a série como um drama noir (aquele tipo de produção que tem um homem enganado por uma mulher, geralmente loura e que comete crimes). 

Mas de um modo geral, gostei do seriado e ele começa a esquentar no quinto episódio. Entre os atores, aprecio muito as cenas entre Sarah e Ion. Tenho e impressão que Briget esta gostando de Andrew, apesar deste, aos poucos, estar revelando um lado sombrio. Por enquanto, ainda não posso dizer que Ringer é uma das minhas séries favoritas, mais ela esta no caminho. E estou torcendo muito, ja que, como fã de Sarah Michelle Gellar, voltar a ver a estrela na televisão, não tem preço.


O BOM: A interação de Sarah com o elenco e um enredo que a cada semana fica mais interessante de se acompanhar.

O RUIM: Mesmo com quase dois meses de exibição a série ainda não encontrou uma identidade própria. As vezes parece uma novela, as vezes um drama americano, as vezes suspense.

                                 Linda, loura e em dose dupla.

KAISER CHIEFS E A NOVA REVOLUÇÃO MUSICAL

Você já teve a vontade de ter o álbum de sua banda favorita do jeito que você quer?  Pois seu problemas estão prestes a acabar! Os ingleses do Kaiser Chiefs inventaram algo que pode inovar (mais uma vez) o jeito de se ouvir musica. Os donos do hit de 2008 Ruby, postaram em seu site oficial 20 canções para fazer parte do novo CD deles, Future is Medieval, quarto disco de estúdio. A grande novidade é que os fãs tem o direito de escolher 10 musicas montar a ordem, escolher a capa, baixar e pronto! Ou seja, cada pessoa (obviamente que curte a banda) pode ter um CD para chamar de seu. Exclusivo!


A estratégia, inovadora e arriscada, uma vez que os caras não pretendem lançar comercialmente este CD, é comparada a outro lançamento que chacoalhou a industria anos atras quando o Radiohead lançou o disco In Ranbows também em seu site, mas, os fãs pagariam quando quiseram pelo trabalho do também inglês grupo. Este trabalho do Kaiser Chiefs esta sendo considerado inovador pelo simples fatos dos fãs poderem personalizar o CD de sua banda favorita. Para os padrões brasileiros, desembolsar quase R$ 50,00 por 10 faixas é um pouco exagero, mas, talvez, esse seja mais um golpe na boca do estomago das grandes gravadoras que aos poucos vêem perdendo o poder que tinham. A internet, e a facilidade que temos de conseguir as musicas que queremos - quase - de graça, quebrou as pernas delas. 

domingo, 9 de outubro de 2011

LISTA: 5 MOTIVOS PARA VER DOWNTON ABBEY



Em 26 de Dezembro de 2010 fiz um post apresentando a voces a sensacional série Downton Abbey ( http://badfish-fanzine.blogspot.com/2010/12/conheca-downton-abbey.html ). Não, ainda não mudei de ideia. Em minha humilde opinião, esta é ainda a melhor série da atualidade que só possui um defeito (assim como todos os seriados ingleses): poucos capítulos por temporada. No primeiro ano foram 7 episódios que se tornaram um fenômeno instantaneo no mundo. A moral do programa já era alta e, com o merecido premio Emmy de melhor mini-série (desbancando a favorita Mildred Pierce , estrelado pela competente Kate Winslet), a fama só aumentou. Descobri esta joia rara sozinho num dia que decidi baixar filmes baseados na obra de Jane Austen e me deparei com essa produção que tem muito da obra da romântica escritora ao apresentar casamentos forçados, mocinhas confusas e indecisas e uma família a beira de perder toda a fortuna.

Criado por Jullian Followes a série começa em 1912 com todos os membros da gigantesca mansão Downton sabendo do trágico acidente do Titanic. Entre os mortos estava Patrick o futuro marido de Lady Mary (Dockery Michelle), filha mais velha do bondoso Conde Crowley (Hugh Bonneville) e da Condessa Cora (Elizabeth Mcgowan). A união dos dois era extremamente necessária para a dinastia dos Crowley continuar com os bens e a mansão, mas com a morte de Patrick e uma clausula na era herança dizendo que somente membros do sexo masculino poderiam garantir a posse de tudo, a família e seus empregados entram em desespero. Automaticamente, toda a fortuna passa para as mãos do parente masculino mais próximo, o primo Matthew (Dan Stevens). A principio, ele não aceita a herança, mas persuadido pela mãe Isobel (Penelope Wilton) e após conhecer e se apaixonar por Mary, ele muda de ideia. A trama não fica restrita aos problemas da fortuna da família e explora a conturbada relação entre os empregados. Alias, eles são a estrela da atração e seus problemas são mostrando tanto quanto a história principal. Após essa "pequena" introdução, apresento 5 motivos que tornam Downton Abbey uma série imperdível:


O ROTEIRO:
Isto é mais do óbvio, uma série só é boa com um roteiro caprichado. Em nenhum momento de nenhum episódio, o seriado fica chato e, quando voce acha que vai ficar, la vem um acontecimento que muda tudo, para melhor.





PERSONAGENS:
Mesmo com um numero grande de personagens, são 26, todos tem seu devido espaço. Quando comecei a ver a serie, achei que o foco seria a familia Crawley com o conde, sua esposa e suas tres filhas Mary, Edith (Laura Carmical) e Sybill (Jessica Bronw-Findaley). 
                           Sybill, Mary e Edith: Conflito entre irmãs


Mas quando somos apresentados a ala dos empregados tudo muda. E eles acabam sendo os grandes astros do show. A ala masculina é cuidada pelo rigoroso mordomo Carson (Jim Carter). No primeiro episódio todos conhecem o novo valete que acaba sendo o criado pessoal do conde. Dono de uma ferida grave na perna Bates (Brendam Coyle) acaba despertando a compaixão de todos (que assistem) por se tornar alvo de piadas por ser manco e não dar conta de todo o serviço que é imposto, mas da a volta por cima com garra e coragem (curiosamente, esse é o personagem mais explorado o que o torna preferido de muitos fãs). Ainda temos os lacaios Thomas (Rob James Colier) um empregado invejoso, mentiroso e encrequeiro e Willian (Thomas Howess) um pobre coitado que engole muita humilhação de seu colega.
Na ala feminina, comandada com pulso firme pela governanta Hughes (Phyllis Hogan), temos a companheira de trambique de Thomas e criada pessoal da condessa, O' Brien (Siobann Fineram). A cozinheira dona de um temperamento dificil Patmore (Lesley Nicol) e sua ajudante a bobinha Daysi (Sofie Macshera). Quem rouba a cena são as criadas Gwen (Rose Leslie), unica empregada que deseja não ficar trabalhando na casa por ter a vontade de ser secretaria e Anna (Joanna Frogatt) uma delicada, sensivel e doce mulher que se apaixona por Bates.
                                   Os criados roubam a atenção.


Saindo do circulo de convivencia em Downton, temos a condessa viuva Violeta (Dama Maggie Smith, a mais conhecida do elenco por ter interpretado a professora Minerva na cini-serie Harry Poter) ela é mae do Conde e é muito autoritária e não aceita que o filho perca a fortuna da familia (que pertence na verdade a Condessa, mas como as mulhres tinham poucos direitos, a grana era do marido ou de um membro masculino da famila mais próximo). A unica pessoa que enfrenta Violeta é a mãe de Matthew. Quando as duas estão no mesmo lugar, é um bombardeio atras do outro como numa guerra. Falando em Matthew, é um querido personagem que vive aguentando calado as patadas de Mary, mesmo assim se apaixona por ela.
                       Matthew: galã apaixonado e não correspondido.







RECONSTITUIÇÃO DE ÉPOCA:
Com a trama se passando no inicio da década de 1910 (o plano é contar a história até a década de 1950) Downton Abbey conquistou muitos prêmios tecnicos como figurino, fotografia e cenografia. E não é nenhum exagero. As roupas de época são impecáveis e, por incrível que pareça, metade da série é filmada em locação externa (as cenas na cozinha, quartos e salas são em estúdio) o que inclui aí o charmoso castelo Highclere em Yokishere ("interpretando" a mansão Downton)  e uma aldeia real imitando a região onde fica a grande casa.






APOIO DA CRITICA:
Eu  não fui muito de seguir o que críticos de cinema e TV falam para seguir uma atração, mas graças a eles, a popularidade de Downton Abbey foi só aumentando ao redor do mundo. Tanto é que o seriado entrou para o Guinnes como o programa que mais teve o indicie de critica positiva na historia (com 92%). Tanto oba-oba é merecido, a série é muito bem escrita, bem interpretada por seus atores e bem feita pela equipe técnica. A emissora que a exibe na Inglaterra ITV ja autorizou a produção da terceira temporada no inicio da exibição da segunda (no começo desse mês) e a poderosa BBC que sempre foi o foco em se tratando de séries, está investindo em tudo o que pode na produção da continuação de Uptairs and Downstairs série que inspirou Jullian Folowess a criar Downton que fez um grande sucesso na década de 1970. Essa série também é boa, mas Downton Abbey é A série do momento.




TRAMAS:
As vezes vemos ótimos atores fazendo ruins personagens. As vezes vemos ruins personagens feitos por bons atores. Em Downton Abbey, os produtores tiveram a sorte grande. Temos ótimos atores fazendo ótimos personagens. Acredite, quando odiamos um vilão, é por que o ator estava fazendo um ótimo trabalho. Que o diga os interpretes de Thomas e O' Brien. Os dois conspiram pelos cantos e tem Bates como seu principal rival. E olha que ele é um manco empregado que com dificuldades de fazer o seu trabalho. Falando em Bates, sua relação com Anna tende a ser mais explorada quando ela revela ama-lo no episódio 5, os dois são queridíssimos pelo publico. Lady Mary e toda a sua conturbada relação com Matthew nos faz querer bater na garota por ela desprezar o rapaz que esta disposto até a abdicar de sua fortuna para mostrar a ela que não é um interesseiro. 
A troca de alfinetadas entre Mary e Edith e Violeta e Isobel é hilario e prova que não se precisa de barraco para termos uma cena de conflito.  Como disse acima, as reviravoltas dadas no roteiro torna tudo mais prazeroso de se assistir e a noticia da terrível primeira guerra mundial ao final do primeiro ano transformará a vida de todos os personagens para sempre. 
           Elenco reunido: elogiados pela critica, amados pelo publico.

domingo, 2 de outubro de 2011

UM LUGAR AO SOL

A televisão hoje em dia é assim gente, se um programa faz sucesso, tem que se aproveitar ao máximo o momento para lucrar, pois nunca se sabe se a moda será passageira ou duradoura. Que o diga Dick Wolf, criador de Lei e Ordem, quando está série fez o sucesso que fez la no inicio dos anos 1990, ele aproveitou a deixa e permitiu a criação de outras produções passadas no mesmo universo. O termo técnico para isso é spin off ou numa tradução aproximada é um seriado derivado de outro. Alguns spin off eu acho mais interessantes que o original, é o caso de Private Practice, que é uma série derivada de Grey's Anatomy. 

Private Practice é estrelado por Kate Walsh fazendo o papel de Addison Montgomery a ex-esposa do Dr. Derek (Patrick Dempsey) que resolve sair de Seattle, onde a trama de Grey's se desenvolve, com destino a ensolarada Los Angeles trabalhar na clinica particular de seus amigos de faculdade Sam (Taye Diggs) e Naomi (Audra Mcdonald). Addison resolve esquecer toda a sua complicada vida cheia de mentiras e traições fazendo o que mais sabe: trabalhar. Na clinica Ocean, alem do casal Sam e Naomi, a médica conhece a psicologa Violet (Amy Brenemman), o medico adepto de medicina natural Pete (Tim Dale), o confuso pediatra Cooper (Paul Aldestein), a medica linha dura Charlotte (Kadee Strickland) e o recepcionista que sonha em ser médico Dell (Chris Lowell). Esses são os personagens principais da primeira temporada que teve apenas 9 episódios devido a polemica greve dos roteiristas que parou Hollywood em 2007.



O problema maior dessa série (apesar de eu gostar muito dela) são seus personagens que, até por PP ser exibido após Grey's as 22:00, poderiam ser mais desenvolvidos e bem trabalhados. Parecem ser aqueles adolescentes de dramas como Gossip Girl, com uma personalidade tão profunda quanto um pires. Coisas como medo de compromisso em personagens com média de 40 anos é forçar a barra. Outro defeito que percebo também vem dos próprios produtores do show, enquanto em Grey's é feito de tudo pro seriado não cair na rotina (com episódios temáticos, musicais, especias, etc) em PP tudo é perfeitinho, redondinho e, talvez, a maior ousadia da equipe de roteiristas até hoje, foi matar o personagem Dell no final do terceiro ano. Outra coisa que não engoli direito até hoje, foi o casal fofo que se formou na terceira temporada Addison e Pete que até criavam Lucas, o filho que Violet abandonou por que teve depressão pós parto. O trio funcionava direito e até deu um novo impulso para a trama, mas o salto no tempo do inicio da quarta temporada isso tudo sumiu. Pete e Violet já apareceram morando juntos com o bebe e Addison tem o caso mais polemico de sua historia, com o marido de sua mehor amiga. O casal AddiSam como foi chamado, dividiu a opnião dos fãs. Por outro lado, quem saiu ganhando com todo esse rolo e troca-troca de casais foi o casal preferido do publico: Charlotte e Cooper. Ela é uma megera a ser domada e ele, um bobalhão querido por todos. 

A quarta temporada deu um pouco de folego ao seriado com a inclusão de dois novos personagens. Sheldon (Brian Benber) é outro psicologo que está em busca de um grande amor e a ex-cunhada de Addison, Amélia (Caterina Scorsione). Dona de métodos radicais de cirurgia no cranio, ela é adepta do estilo corte para tudo. A trama dos dois ainda não foi muito explorada. Esse quarto ano será lembrado como um dos momentos mais angustiantes que o programa passou, o estupro de Charlotte. Uma trama que ofuscou as outras devido a competência da atriz Kadee Strickland, que de durona sem sentimentos, se tornou a mais sensível personagem. Foi emocionante a cena após o ato, quando ela liga primeiro para a pessoa que tem menos afinidade, Addison e só fez isso por que sabe que ela não se meteria muito como os outros. Outro destaque negativo foi a perda da personagem Naomi. A atriz Audra MCdonald pediu afastamento da produção para se dedicar mais a família e ao teatro. No mundo das série, quando um sai, entra outro para dar um novo gás e essa quinta temporada marca a estreia de Benjamim Bratt como um novo interesse romantico para Addie. Demoro. Tudo que essa série precisa é de um lugar ao sol, de preferencia saindo da sombra de Grey's Anatomy.

                            Elenco da 5a temporada. 
                            Esperança de bons roteiros.

sábado, 1 de outubro de 2011

MEUS FILMES, MINHA VIDA: O OPOSTO DO SEXO

O OPOSTO DO SEXO (1998)


O filme O Oposto do Sexo representa um fase muito querida em minha vida. Foi no ano de 1998 que este filme estreou e foi o primeiro filme independente que vi. Essas películas são chamadas assim por apresentarem roteiros complexos, situações inusitadas e produção com baixo orçamento. 


O filme é narrado em primeira pessoa por Dedee (Christina Ricci) uma garota safada de 16 anos que sai de casa e vai para casa de seu meio-irmão gay Bill (Martin Donavan), que mora com um garotão chamado Matt (Ivan Sergei, de Jack & Jill, lembra?). Como disse acima, Dedee é safada, então ela envolve Matt, diz que está gravida dele e foge com ele com o dinheiro do irmão. Bill fica pasmo e como desgraça pouca é bobagem, descobre que seu namorado o traía com Jason (Johnny Galecki, de The Big Bang Theory) que, para descobrir onde o amante foi, arma uma farsa dizendo que Bill abusou dele. Claro que toda a cidade acredita, e o pacato (até demais) professor perde o emprego e só tem uma coisa a fazer: ir atrás de Dedee.


A protagonista narra esses eventos num tom de deboche incrível e mesmo gravida (não de Matt, claro), bebe e fuma que nem uma louca e deixa claro que só se importa com dinheiro. O filme em si não se sustentaria se não fosse um detalhe: Lucia. A personagem é interpretada por Lisa Kudrow que na época fazia a todos rirem com sua atuação impagável como maluca Phoebe em Friends. Lucia é irmã do grande amor de Bill que morreu de AIDS, mas ela continuou na vida do professor pois não tinha ninguém a recorrer. A personagem rouba todas a cenas em que aparece e num dado momento do filme, sua história de solteirona amargurada que não acredita no amor e no sexo, acaba tomando conta do roteiro ofuscando a história principal.


A coerência do roteiro é colocada a prova nas constantes reviravoltas que história da e, quando eu assistia, só pensava numa coisa: como ninguém não da uns safanões nessa garota? Ela rouba, mente e até mata, mas todos se importam com ela ao ponto de no final do filme, todos os personagens irem para o Canadá ver o nascimento da criança que ela nem quer. Tirando esse detalhe, o filme é legal. Quando estudei a parte do roteiro no cinema, é ensinado que o publico precisa se identificar com o personagem principal. Nesse caso, simpatizei mais com Lucia, que sempre foi deixada de lado na família por ser esquisita. A Dedee de Christina Ricci é uma cadela de quinta que faz você ter raiva dela do começo ao fim do filme (ela faz questão de conversar com o publico tirando sarro da gente). Ponto positivo para a atriz, que saía do complicado período entre a infância e adolescência com louvor. 
                                          Lucia. A personagem que rouba a cena.


MELHOR MOMENTO:   A cena que Dedee acaba nos contando um pouco do passado de Lucia e por que ela é tão amargurada é muito tocante. Na festa de aniversario de uma das irmãs dela, ela fica sentada numa mesa sozinha e quando a notam, é apenas para segurar uma bandeja.