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sexta-feira, 15 de junho de 2012

DESCANSE EM PAZ: ALLY MCBEAL


O ano de 1997 foi único na historia de TV americana. Neste ano aconteceu a estreia de series que tinham mulheres nos papeis principais: Buffy - A Caça Vampiros, La Femme Nikita, além de Xena - A Princesa Guerreira estar na segunda temporada e Ally Mcbeal - Minha Vida de Solteira. Esta ultima mostrava as aventuras da jovem advogada Ally (Calista Flockhart) que consegue um emprego na firma de um ex-colega de faculdade chamado Richard (Greg Germann). Solteirona não por opção Ally tem uma surpresa quando descobre que o grande amor de sua vida Billy (Gil Bellows) trabalha no mesmo local e é casado com a linda advogada Georgia (Courtney Thorne-Smith, de Melrose). Essa convivência não sera nada fácil, mas a jovem precisa de um emprego.



Criado por David E. Kelly (de O Desafio, Boston Public, Justiça sem Limites e também conhecido como Sr. Michelle Pfeiffer) o seriado tinha um ritmo todo diferente do que se acostumava ver até então. Foi provavelmente a primeira "dramédia" a ser exibida na TV aberta americana pois o humor  era muito inserido dentro da trama. Os pensamentos de Ally criavam vida e os telespectadores viam o que a garota estava pensando. Alem do leque de personagens que Kelly criou, um tipo mais peculiar do que o outro. A começar pela protagonista que vivia questionando sua própria saúde mental por ter pensamentos tão malucos. Ganhava destaque os secundários que brilhavam toda a vez que apareciam. A colega de quarto de Ally, Renee (Lisa Nicholle Carson) uma negra fogosa que não tinha papas na língua, a fofoqueira e intrometida secretaria Elaine (Jane Krakosviski), o advogado cheio de manias esquisitas Jonh Cage (Peter Mcnicoll), a enfesada Ling (Lucy Liu) e a estonteante loura Nelle (Portia de Rossi).


Talvez o grande defeito do seriado seja a própria personagem principal. Kelly, escritor dos 112 episódios (em alguns ele dividiu os créditos com outros roteiristas) se atentava demais a sua mocinha, o que fazia os outros personagens ficarem sumidos na trama. Por isso, em cinco temporadas produzidas, Ally Mcbeal teve uma considerável troca de atores que pediam para sair do show. Os primeiros a saírem foram os outros dois protagonistas Billy e Georgia. A historia principal não existia mais, então inventaram alguns interesses românticos para a advogada como o personagem de Robert Downey Jr,  que ficou pouco por que teve uma recaída com as drogas e depois o personagem feito por Bon Jovi.  Mas claro que esse é um detalhe que acaba não interferindo muito no resultado final do programa que é uma delicia de se ver. Outro detalhe que chamava a atenção no seriado eram as canções escritas e cantadas por Vonda Sheppard. A moça se apresentava no bar em que os personagens iam após um dia agitado de trabalho.

Ally Mcbeal é o tipo de série que te conquista desde o primeiro episodio, pois a personagem é paranoica e é tão próxima de nós por nunca estar satisfeita com nada e sempre reclamar de algo. Nervosa, estressada e, que só deseja amar e ser amada. Apesar dos obstáculos que apareceram no caminho foi vitorioso ao dar voz e vez a uma nova geração de mulheres que surgiam após a metade da decada de 1990: fortes e poderosas, muito bem representadas pela televisão através do seriados. 



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Uma das loucuras que David E. Kelly inventou na série foi o banheiro unissex que os funcionários do escritorio frequentam. A principio para Ally aquilo pareceu um absurdo sem tamanho. Mas Richard disse que era a melhor maneira de igualar os direitos entre homens e mulheres. Durante a produção da série se cogitou a criar esse tipo de banheiro nas empresas, ideia descartada por que na vida real isso não ia funcionar...

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