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domingo, 18 de novembro de 2012

MEUS FILMES: BELEZA AMERICANA

BELEZA AMERICANA (1999)


Este filme causou o maior furor na época de seu lançamento. Jornais, revistas e internet o apontavam como um retrato fiel dos Estados Unidos, anteriormente conhecida como a nação mais poderosa do planeta, em que seus habitantes viviam uma vida perfeita, conhecida como o jeito americano de viver. Ninguem esperava que este filme de orçamento mediano que foi escrito por um roteirista em incio de carreira (Alan Ball, criador da magnifica serie A Sete Palmos) e dirigida por um diretor também estreante (Sam Mendes) fosse tocar na ferida dos americanos.

o estranho habito de Ricky

um dos delírios de Lester



 









A historia gira em torno da familia Burnhan. Temos Lester (Kevin Spacey, excelente) um cara conformado que tem que se masturbar para satisfazer seus desejos já que a mulher Carolyn (Annette Bening, ótima) só se preocupa consigo e sua imagem de esposa trabalhadora e perfeita. Os dois tem uma filha, a adolescente Jane (Thora Birch). A garota está naquela fase onde vive criticando os pais. Ela tem amizade com a espevitada Angela (Mena Suvari), uma moça que desperta o interessante de seu pai. A vida dessa família muda tragicamente com a presença dos novos vizinhos, os Fitts. Essa família tem uma mãe distante e calada (Allison Janey), o controlador e ex-coronel da marinha Frank (Chris Cooper) e o filho adolescente Ricky (Wes Bentley). O garoto tem mania de filmar tudo ao seu redor, inclusive a vizinha Jane. Ricky trabalha de garçom como faixada, pois é traficante de drogas. Ele acaba fazendo amizade com Lester e iniciando um namoro com Jane. As drogas que Lester usa apenas o ajuda a mudar o rumo de sua vida. Ele pede a conta do emprego, arranja um trabalho numa lanchonete (segundo ele, um trabalho de menos responsabilidade possível) e fazendo tudo o que costumava a fazer antes ou seja, ter liberdade.

Wes Bentley, Thora Birch e Mena Survari


Conforme o filme se desenvolve, tudo vai se encaixando para a tragedia que o próprio Lester anuncia. Segredos vão se revelando e filme fica da vez melhor. Para um diretor estreante em longas para o cinema, Sam comanda com maestria o seu precioso elenco, principalmente Kevin e Annete. Os dois arrasam como um casal que vive de aparências até que tudo o que estava entalado é dito. Jane acha o pai nojento, ja que ele desenvolve uma atraçao por sua amiga e acha sua mae superficial, a relaçao dos tres é, no minimo, complicada. O filme poderia cair facilmente no dramalhão se não fosse a delicadeza de Alan Ball por criar uma obra repleta de humor negro. Os personagens são ricamente bem trabalhados e a identificação pelo menos com um deles, é imediata. Uma obra que ficara marcada por mostrar a nova cara de uma nação, outrora tão orgulhosa de si.

MELHOR MOMENTO:
Quando Lester decide mudar de vida sua esposa o surpreende em casa de pijama com um carrão novo na garagem e um carrinho de controle remoto andando dentro de casa. O novo Lester diz tudo o que sente, assim como Carolyn e temos uma cena que resume o todo o filme de modo notavel.




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