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sábado, 16 de novembro de 2013

OS DIAS DE KHAOE

Final das aulas chegando e os professores "socam" a gente de trabalho e provas, por isso fiquei a semana passada sem escrever a coluna "OS DIAS DE KHAOE". Em meio a polemica de haver ou não feriado do dia 20 de novembro do dia da Consciência Negra em Curitiba, parece que a questão do negro na sociedade e como ele é visto está mais latente do que nunca. Por que só vemos "pessoas de cor" bem sucedidas como jogador de futebol, pagodeiro e outros? Na empresa que eu trabalho a 11 anos, nunca vi esse tipo de preconceito muitos negros e negras ocupam cargos de chefia para cima. Um coisa nesse assunto todo que me incomoda até hoje é a questão de quotas. Ok, os negros sofreram por anos de escravidão e maus tratos, mas acho que devia haver quotas de pobreza e não racial. Se fosse para compensar o negro pelo seu passado, deviam criar algo na linha bolsa ditadura onde os familiares das vitimas da ditadura recebem do governo uma grana pela atrocidades cometidas a esquerdistas a época da ditadura. Bem isso é impensável, o governo iria quebrar, metade da população é negra ou tem sangue negro.

Para um trabalho de Direito tivemos que assistir o filme Lincoln de Steven Spielberg. O filme em si não é uma biografia do presidente americano, mas mostra os bastidores dos eventos que levaram o fim da escravidão nos EUA. A maioria das pessoas que conheço não gosta de votar, mas no filme é questionado: "depois de darmos a liberdade aos negros, teremos que dar o direito de voto a eles? E depois as mulheres?". O filme em si é lento, arrastado e confuso com um vai e vem de personagens que mal sabemos o papel na história, mas é um show ver as performances de Tommy Lee Jones e Daniel Day Lewis. Escondido entre esses atores estupendos estava Lee Pace astro da série mais bonitinha de todos os tempos que durou apenas duas temporadas: Pushing Daises - Um Toque de Vida. Voltando a falar do filme - que nem parece uma produção de Spielberg, as vezes esquecemos que o diretor gosta de falar sério também e já fez A Lista de Schindler e Amistad - o filme basicamente levantou na sala uma discussão interessante: o poder de um bom discurso. Lincoln conseguiu que vários políticos mudassem de ideia graças a seu carisma e bom papo. Falando em pessoas carismáticas, enfim, vi o maravilhoso O Discurso do Rei


Também baseado numa historia real, o filme conta com atuações inspiradas de Colin Firth como o príncipe e, depois, rei George da Inglaterra que tem um sério problema de gagueira. Sua esposa (Helena Bohan Carter) acha nos classificados um medico com métodos pouco ortodoxos que promete a cura para seu paciente. Geoffrey Rush faz o médico e química entre ele e Firth, alem de Helena no fundo, faz o filme uma verdadeira aula para pessoas introvertidas. Vi a versão dublada no Rio nos estúdios Delart num trabalho exclusivo para Rede Globo que, nas décadas de 1980 e 1990 contratava a Herbert Richers para fazer dublagens exclusivas afim de padronizar as vozes de atores. Esse habito foi deixado de lado ao longo dos anos pela emissora que, aos poucos, está largando mão de filmes em sua grade devido a baixa audiência que esse tipo de produção alcança. Outro filme que a Globo mandou redublar recentemente também foi o simpático Turista com Johnny Depp e Angelina Jolie.



Para os aficionados em séries da TV aberta, a Globo anunciou a estreia de Homeland nas madrugadas de janeiro na tradicional férias do Programa do Jô. Enredo e elenco a série tem de sobra para fazer sucesso. A Band também anunciou a compra das séries American Horror History, um interessante drama sexual/psicológico criado por Ryan Murphy de Glee. Assim como Homeland, a produção está em sua terceira temporada, a grande diferença é que elenco e histórias são diferentes a cada ano. A emissora irá estrear também o terceiro ano de The Walking Dead e vai exibir a inédita comédia How I Meet  Your Mother sucesso a nove temporadas na TV americana e o intenso drama Sons of Anarchy sobre a delicada relação de uma família de motoqueiros, é um drama bem elogiado. Essa semana até a Record anunciou a aquisição de seriados americanos para a sua programação. De todas, creio que o maior destaque é Spartacus sobre um homem arrancado de sua família e forçado a viver como gladiador em lutas de vida e morte. A série é conhecida pelo alto teor de violência e sexo e pelo protagonista do programa Andy Whitfield morrer de câncer antes do inicio das filmagens da segunda temporada. No elenco a presença da eterna Xena, Lucy Lawless. Outro destaque, é a série em que estou viciado no momento Bates Motel que mostra a adolescência do criminoso do famoso filme de Hitchcook Psicose. Ainda irá ao ar Once Upon a Time onde os personagens dos contos de fadas são reais e Chicago Fire que mostra o dia-a-dia de bombeiros. Espero que essas séries emplaquem para acabar de vez com a fama de tapa buracos dos seriados na tv aberta. O publico brasileiro curte um bom enlatado.




Essa semana foi ao ar na Inglaterra o ultimo capitulo da quarta temporada de Downton Abbey. A sensação de "jáa???" é comum pois as séries inglesas são curtas não passam de 8 capítulos por ano. A minha analise será um pouco estranha. Não foi uma temporada excepcional, é verdade. O criador Julian Followes teve que rebolar para sustentar a ausência de Matthew Crawley o protagonista masculino que morreu no especial de natal ano passado (a ator Dan Stevens não quis renovar o contrato). Infelizmente, como é comum nos roteiros de Followes, Lady Mary (Michele Dockery) não demorou muito para arranjar não um, mais dois pretendentes. Mas evitando cair ainda mais nos clichês, a jovem ainda está em luto e disse não estar preparada para amar novamente. Poucas mudanças se viram esse ano no seriado, mas dois fatos ficaram na memória dos fãs: o estrupo sofrido por Ana (Joanne Frogart) e a tão comentada estreia do primeiro personagem negro Jake Ross. O grande charme de Downton Abbey, por fim, é ser simples, sem roteiros mirabolantes e histórias confusas. Neste ultimo episodio, a cena que mais me encantou foi quando o Conde Grathan (Hugh Bonneville) retorna de viagem e, ao ver a esposa, solta a frase: "esse é o momento que eu sonhei várias vezes" e os dois dão um longo beijo apaixonado. Simples e emocionante, como a série é.  


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