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domingo, 15 de dezembro de 2013

OS DIAS DE KHAOE

Dia 05 de dezembro de 2013 ficará marcado na história mundial pela morte de Nelson Mandela. Se todo o cidadão do planeta fizesse 1% do que este homem fez pelo seu povo na Africa do Sul, com certeza aqui seria um lugar melhor para se viver. Um de seus atos mais emblemáticos pode ser visto no filme Invictus do diretor Clint Eastwood, que fala sobre um dos primeiros atos de Mandela ao assumir a presidência da Africa do Sul: a união de brancos e negros através do Rugby, um esporte que ganha mais e mais adeptos no mundo, inclusive no Brasil onde o campeonato brasileiro foi encerrado recentemente (foi transmitido pelos canais Sport TV). Antes de assumir a presidência do país, porem, ele passou anos na cadeia por lutar contra a onda do apartheid que infestou aquele pais durante anos. Nelson Mandela, RIP.



Os seriados que acompanho semanalmente estão a poucos capítulos de encerrarem mais uma temporada. Em Homeland, temos a temporada mais diferente de todas. Diferente dos anos anteriores, nem todos os personagens principais estão presentes em todos os capítulos. Até o episodio exibido na ultima semana, o segundo protagonista Brody (Damian Lewis) apareceu pouco e Saul (Mandy Patinkin) era o centro das atenções. Foi interessante o episodio 9 quando os dois protagonistas estavam debitados em camas (jamais tinha visto isto em um seriado de TV). Carrie (Claire Danes) havia levado um tiro de Quinn (Rupert Friend) pois ela ia atrapalhar um plano da CIA. Já Brody acabou se tornando um viciado em drogas. As coisas voltaram ao normal esta semana num capitulo tenso do começo ao fim. Brody foi recrutado pela CIA para se passar de espião para pegar o mais novo vilão iraquiano. A revista Rolling Stone deste mês trás varias reportagens sobre séries de TV, entre elas, Homeland. A matéria faz uma critica de como o show saiu dos trilhos nos últimos tempos. Pontos de vista diferente, para mim, Homeland está apenas diferente nesta temporada. Quem gosta de comparar o remake com o original, o canal + Globosat adquiriu os direitos sobre a série que deu origem a Homeland, Hatifum que, segundo critica, é bem interessante.

Quem diria que a morte de Paul Walker comoveria tantas pessoas? No Facebook foram milhares de postagens falando sobre o ator. Guardadas as devidas proporções, não vi tantas manifestações com a morte de Mandela. Mas toquei nesse assunto para falar sobre como a TV a cabo se aproveitou da morte do ator e exibiu varias vezes os filmes da cine serie Velozes e Furiosos. Como se Paul só tivesse feito isso na carreira.

Li em alguns sites sobre a preocupação da Rede Globo com a audiência de suas novelas. A melhor em exibição (pelo que posso perceber do entusiasmo de minha tia ao assistir) é Joia Rara co escrita por duas talentosas autoras. Para a audiência baixa desta novela, a emissora poe a culpa no horário de verão e a época das festas de final de ano onde a tendencia das pessoas é assistir menos televisão, pois tem uma vida social para viver, né Globo? Ja a trama das 7 o que mais preocupa a emissora é a rejeição do publico aos personagens, historias e afins. É uma novela que fala sobre pessoas que querem se encontrar na vida. Faz anos que não acompanho novelas da Globo e, pelo que pude perceber, esta produção, como a sua anterior, Sangue Bom, tem cara demais de Malhação ao ter protagonistas adolescentes sem graça. Falei tudo isso só para tocar no assunto de uma novela que estreou no SBT dias atrás. A simpática Por Ela Sou Eva é inédita e conta a historia de um mulherengo (Jaime Camil, de A Feia Mais Bela e As Tontas Não Vão Ao Céu) que tem que assumir uma nova identidade como Eva para se livrar de uma enrascada. Nisso, ela acaba amiga de Helena (Lucero, de Chispita, Manhã é Para Sempre e a inédita Sou Tua Dona) e acaba se apaixonando pela moça. No elenco, ainda tempos Helena Rojo (O Privilégio de Amar) e Patricia Navidad (Manancial). A história é engraçada e animada e tem tudo para agradar ao publico que pensa que os mexicanos só fazem dramalhão. Apesar de capengar em audiência em vários horários, são as tramas mexicanas que mantem o vice lugar da emissora nas tardes. O SBT devia investir em mais tramas inéditas da Televisa.

Lucero e Jaime Camil em Por Ela Sou Eva


Para finalizar, numa zapeada lembrei de como é interessante o Canal Brasil e seu objetivo de manter viva a memória do cinema brasileiro que, já teve fases que sobreviveu sem apelar para violência, palavrões e sexo. Mas o que eu vi, foca isso tudo indiretamente. O documentário Rita Cadillac - a Lady do Povo acompanha um pouco do dia-a-dia da ex-chacrete. As vezes aparecendo glamourosa e em outros momentos simples e com pouca maquiagem, Rita conta sobre sua vida e como foi parar no showbizz. Após sair de casa devido as armações do primeiro marido, Rita passou por uma situação a qual se viu obrigada a se prostituir para se sustentar e a seu filho (esse foi uma das duas cenas na qual ela chorou). Deixando o pequeno com a avó (que não é a mãe dela, que sumiu sem dar noticias) ela conheceu uma garota que a levou para participar do show comandado por Haroldo Costa, que levava um pouco da cultura brasileira (lê se carnaval e mulheres) para o mundo. Até que foi descoberta pela produção do Chacrinha, grande apresentador de TV. As assistentes de palco eram chamadas de chacretes e cada um ganhava um apelido para fácil identificação do publico (você achava que as paquitas eram originais?). Este apelido surgiu devido as curvas bem distribuídas pelo corpo da moça e na época era comum comparar mulheres com os carros Cadillac. Rita conta sobre os momentos mais importantes de sua carreira como quando foi convidada a cantar para milhares de homens na serra pelada, de quando seu empresario a lançou como cantora e quando, por necessidade, fez filmes pornôs. Alem de conhecer um pouco sobre a pessoa fiquei admirado com a sinceridade de Rita em dois momentos quando ela fala que fazia as históricas apresentações para os presos no Carandiru de graça e quando ela diz que seu cérebro é sua bunda e foi graças a ela que ela se fez na vida.

Rita Cadillac a Lady do Povo

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