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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

MÁS COMPANHIAS: RUROUNI KENSHIN - THE LEGEND ENDS


JAPÃO, 2014 DIREÇÃO: KEISHI OTHOMO              
COM: TAKERO SATO, TATSUYA FUJIHARA,
EMI TAKEI, MASAHARU FUJIYAMA

NOTA 8,0



ALERTA DE SPOILER


Eis uma coisa que tenho que aprender ao assistir a um filme adaptado de um desenho ou gibi que eu gosto: eles nunca vão ser 100% igual ao material original. Infelizmente, a lembrança do enredo de Samurai X está encarnado na minha memoria de uma jeito que este filme que encerra a trilogia de battosai o retalhador nos cinemas japoneses chega a ser decepcionante.

Mas não é uma adaptação? Você me pergunta. Sim, mas agora eu sei como se sentem os fãs puristas quando mudam uma coisa ou outra nas varias adaptações de gibis e remakes feitos para o cinema. A mudança de etnia do Tocha Humana no novo filme do Quarteto Fantástico é fichinha perto do que vi aqui. Mas o filme é ruim? Você me pergunta novamente. Pelo contrario, é muito bem feito e realmente é uma tarefa dificílima ajustar tantos e tantos capítulos de um  mangá numa produção de quase duas horas e meia. Mas os roteiristas poderiam facilmente ter relaxado e aberto algumas exceções. 

O filme começa de onde a segunda parte parou. Um homem recolhe Kenshin da praia e o leva para sua cabana. Os mais atentos, claro, vão sacar que ele é Seijuro Hiko, o mestre de Kenshin o homem que viu um garotinho enterrar as moças que cuidavam dele quando criança e os bandidos que mataram elas. Kaoru está ferida num hospital assim como Okina que quase morreu num confronto com seu ex discípulo Aoshi Shinomori. Enquanto isso, Makoto Shishio investe na construção de seu  reino e manda sua gangue acabar com Tókio. Ele só não esperava contar com a volta de Kenshin que está disposto até a mata-lo para garantir a segurança da população.  



Desde que a recente trilogia do Batman nos mostrou que as adaptações das historias em quadrinhos para o cinema tem que ser realistas, algumas adaptações acabam levando a ferro e fogo esta regra. Haja visto que personagens tão queridos pelos fãs como o travesti Kamitaki e o grandalhão Fuji não aparecem do modo como os conhecemos. A luta sangrenta entre o cego Ussui e Sato não passa de um take rápido. Alias toda a sequencia em que Kenshin e seus aliados vão para a fortaleza de Shishio e um por um enfrentam os membros da gangue do vilão não existe. Personagens que tinham mais destaques acabam aparecendo bem pouco como é o caso de Ayumi, Hoji e Soijiro que tem uma luta travada com Kenshin mas sua personalidade dúbia é pouco explorada. Quem não conhece o personagem pode se perguntar: Por que esse garoto surta de repente?   Kenshin mesmo não é de ficar falando com os inimigos para desistirem e pararem de lutar, ele simplesmente fala que vai derrota-los e pronto. Sinal de que nem mais o povo japonês aguenta heróis bonzinhos. E o Aoshi que de homem enganado em busca de vingança, se tornou uma maquina de ódio que quer ser o melhor espadachim do Japão.

Mas só disse criticas e nada de bom do filme? Nada disso, se eu não comparasse tanto o original com a adaptação seria O filme do ano no Japão. As cenas de lutas são espetaculares e quando Kenshin luta fiquei sem folego e perguntei: como fizeram isso??? É de arrepiar os pelos e cabelos do corpo. Mas da próxima vez que eu for ver um filme adaptado de um gibi novamente, vou com a mente mais aberta. O ultimo filme dos Cavaleiros do Zodíaco já foi ruim demais para o meu gosto. 

Essa foi minha cara em muitos momentos ao ver o filme

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