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domingo, 4 de janeiro de 2015

RETROSPECTIVA 2014: TV

Este ano de 2014 viu a acensão de plataformas de Streaming como Netflix e Amazon. Alem de resgatar séries a muito esquecidas (disponibilizar as sete temporadas de Buffy - A Caça Vampiros dublado foi uma grata surpresa) o Netflix apresentou produções próprias que conquistaram publico e critica como Orange is the New Black, House of Cards e Hamlock Grove. Fiquei contente de todas ganharem versões dubladas no Rio. Uma estrategia legal adotada pelo Netflix é disponibilizar os episódios de suas series de uma vez só sem a necessidade do assinante ter que esperar uma semana para um novo capitulo. Será esse o futuro dos seriados?

2014 ficará marcada como uma das mais fracassadas novelas da história de TV Globo: Em Família do veterano Manoel Carlos espantou a audiência com o estilo clássico do autor de contar historias: ritmo lento dos acontecimentos mesclado com o dia a dia. O pouco que acompanhei desta novela pude perceber que o mal dela  foi o mesmo das ultima quatro novelas do autor, sua Helena não tinha uma historia forte para contar. Infelizmente, foi a ultima novela de Maneco que vai se dedicar a historias mais curtas como séries ou mini series.

A baixa audiência de Em Família levou a um fenômeno que ninguém esperava. Enquanto as emissoras concorrentes esperavam uma debandada de publico para suas estações, os espectadores fugiram para TV paga que teve um aumento considerável de audiência (teve canal que teve incríveis 300% de aumento de audiência).  Neste tempo, alguns programas viraram hits como Tempero de Família do canal GNT e Pronto Socorro - Historias de Emergência do Discovery Channel.

Este aumento de audiência da TV paga fez também o assinante a acordar para alguns tópicos que vem sendo discutidos a anos por alguns. Um deles é a questão das reprises que continuam absurdas. Com a lei do audiovisual que obriga os canais a cabo a ter 20% de suas grades ocupadas por produções nacionais, com jeitinho brasileiro, os canais simplesmente repetem os mesmos filmes nacionais, varias vezes e em diversos canais. Enquanto os assinantes não protestarem e colocarem a boca no trombone, esse tipo de abuso continuará.

A TV americana viu a invasão das series de super heróis e de produções com pano de fundo histórico. A DC Comics decidiu investir na telinha e co-produziu três novas series baseadas nos gibis: Gothan, Costantine e The Flash. De todas, o que mais me surpreendeu foi The Flash  que abraça sem vergonha sua origem nos quadrinhos. Gothan me incomoda pela abordagem feita em alguns personagens e Constantine sofre por ser exibida na TV aberta americana, por isso, muita coisa que é mostrada nos gibis, é deixada de lado. Teve um inesperado retorno de Jack Bauer numa "nova temporada" de 24 Horas que foi condensada em 12 episódios. O rastro de mortes deixado por Game of Thrones é seguido por outras produções como Vikings, Marco Polo, Klundike, entre outros.

Na Inglaterra tivemos o final da excelente Mad Dogs e a estreia da mini serie em 3 capítulos Prey com o maravilhoso John Simm (de Life on Mars e Mad Dogs) que também estrelou nos EUA ao lado de Mira Sorvino a série Intruders  que tal qual The Leftlovers da HBO é baseada em livros, pessoalmente, não consegui me conquistar. Falando da Inglaterra agora em janeiro estreia a segunda temporada da excelente Broadchurch série que gerou o mais inútil remake de todos os tempos. A Fox só gastou dinheiro bancando Gracepoint que fracassou na audiência. Teriam se saído melhor se exibisse o original. A versão americana só mudou a etnia de alguns personagens e, claro, o final.


Despedida melancólica de Maneco: não agradou publico e critica

O melhor: acensão dos quadrinhos da DC para a telinha. Marvel não ficou parada e já produz novas séries



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